quinta-feira, 22 de julho de 2010

Entraves causados pela (falta de) Educação Brasileira


Recentemente foi lançado o resultado das notas do ENEM 2009, em que pode ser avaliada, através deste parâmetro, a qualidade do Ensino Médio no país sobre cinco abrangentes aspectos como o domínio da linguagem, a compreensão de fenômenos, o enfrentar de soluções-problema, a construção da argumentação e a elaboração de propostas.
Estes tópicos avaliados pelo INEP, autarquia do Ministério de Educação responsável pelo exame, conferem exatamente características-base das quais o mercado de trabalho, em todas as suas esferas, requer dos aspirantes de uma boa colocação profissional. Porém, o não atingimento da média de setecentos pontos estipulada pelo governo federal como meta é um indicador de um fenômeno que, com o reaquecimento da economia brasileira pós-crise, só tende a se tornar mais trivial: a falta de mão-de-obra especializada.
O professor da Universidade de São Paulo, Luiz Gonzaga Godoi Trigo, em artigo publicado na quarta-feira última no site www.hoteliernews.com.br, aponta como exemplo o despreparo do setor hoteleiro brasileiro frente a outros países mais bem colocados em censos educacionais, ressaltando também uma deficiência que pode se tornar ainda mais visível em eventos grandes que ocorrerão em breve, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016. O setor industrial também vive essa realidade, a General Eletrics – multinacional que atua na área de elétricos e eletrônicos – em sua filial brasileira possui um banco de duzentas vagas vazias por falta de recursos humanos suficientes para exercer as funções disponíveis.
"Se nós utilizarmos a história como conselheira, vamos verificar que há muitos países do mundo que não tinham recursos naturais e progrediram, mas não há nenhum país do mundo que não tinha recursos humanos e progrediu.” Juntando essa declaração dada a Agência Reuters em junho de 2008 pelo pesquisador José Pastore à realidade que o país tem hoje em seus resultados qualitativos e quantitativos no que concerne à educação é complicado ser completamente otimista em relação ao futuro do Brasil.
Daí, cabe sobretudo a educadores e futuros educadores a missão de se tornarem entusiastas na causa de concatenar toda a sociedade: família, ongs, instituições religiosas, clubes, empresas e sindicados na perseguição obcecada de destravar todas as catracas que fazem com que o ensino no Brasil não seja mais um motivo de embaraçosa vergonha nacional.
Juliana Venancio Narciso - RA: 1015637

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