quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ATIVIDADE DE LEITURA SIGNIFICATIVA

ATIVIDADE DE LEITURA SIGNIFICATIVA

De acordo com SMITH, 1999, “Leitura significativa”, a leitura não exige de nossos olhos nada que eles já não façam quando olhamos ao redor de uma sala. A leitura não exige nenhuma habilidade linguística que não tenha sido demonstrada na compreensão da fala. E aprender a ler não envolve nenhuma habilidade especial de aprendizagem. As crianças são aprendizes altamente habilitados e experientes, embora seja possível que o tipo de instrução as deixe confusas. A linguagem escrita deve ter sentido e utilidade para as crianças que estão lutando para aprender a ler.
As crianças se tornam leitoras, quando elas estão comprometidas em situações nas quais a linguagem escrita é usada de maneira significativa, assim como ela aprende a linguagem falada quando estão em contato com pessoas que usam a fala de maneira significativa. A aprendizagem da leitura é apenas a tentativa de dar sentido ao que se lê, e o esforço para ensinar a ler, portanto, é apenas o de tornar aquela tarefa interessante e compreensível.(SMITH, 1999).

Para que uma criança aprenda a ler, não é necessário muito esforço, basta que tenha motivação. É neste sentido que o adulto, precisamente o professor, deve agir de modo consciente. SMITH, 1999 diz que a disponibilidade de material interessante que faça sentido para o aluno e a orientação de um leitor experiente e compreensivo como guia são os dois requisitos básicos para a aprendizagem da leitura.

Segundo Delia Lener, não é fácil articular a teoria construtivista com as exigências institucionais, é preciso criar novos modos de controlar a aprendizagem conciliando os objetivos dos alunos. Existem várias formas de projetos capazes de divertir os alunos tornando a leitura satisfatória e ao mesmo tempo transmitir conhecimentos. Uma destas formas é o exemplo de um projeto realizado com uma turma de segunda série cujo objetivo era a produção de uma fita cassete contendo poemas, com o propósito de compartilhar com outros, algo de que goste e tendo como destinatários um grupo de jardim da infância da Escola e Biblioteca Falada, para cegos.
As ações eram as seguintes: discussão e elaboração do projeto com os alunos; seleção dos poemas para gravar; leitura dos poemas selecionados pela professora e pelos alunos; escolha dos poemas pelos alunos para ler e gravar; escuta dos poemas pelos alunos e troca de impressões; apresentação de pesquisa sobre os autores dos poemas escolhidos; leitura de outros poemas favoritos pelos alunos e pela professora. Após a organização das tarefas e escolha dos poemas a serem gravados, formaram-se duplas de alunos que interagiram e decidiram qual integrante gravaria o poema escolhido, estudaram em casa com ajuda da família, realizaram audição de poetas e declamadores, ensaiaram, escutaram, analisaram, decidiram modificações e revisaram as gravações. Após a realização das tarefas as demais duplas escutaram as gravações e trocaram sugestões. Consideraram as sugestões dos colegas e da professora e regravaram a fita cassete. Após ser analisada novamente pelo grupo da classe a gravação foi concluída. Em seguida, redigiram uma carta para o destinatário apresentando a fita cassete e solicitando críticas construtivas.
Foram alcançados todos os propósitos e objetivos do projeto de aprendizagem, realizando um intenso contato com textos de um mesmo gênero. Os alunos obtiveram conhecimento sobre poemas e poetas. Ouvir as declamações da professora, de poetas e declamadores, fez com que desfrutassem do gênero literário e adquirissem um valor específico. As repetições animadas dos ensaios, as autocorreções e sugestões infinitas dos ouvintes propiciaram-lhes um avanço considerável como “leitores em voz alta”.
Postado pelo Grupo 5:
Belarmina, Denise, Edna, Júlia, Sabrina e Vanessa

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